Mulheres, feminismo e Terapia Ocupacional:

uma análise crítica da literatura sobre questões de gênero que impactam a profissão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25214/25907816.1583

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional, divisão social do trabalho baseada no gênero, feminismo, revisão

Resumo

O desequilíbrio de gênero tem tido um grande impacto na Terapia Ocupacional (TO) desde seu início, mas foi somente no final do século XX que a perspectiva feminista começou a ser considerada no campo. Este artigo visa fornecer uma visão geral de como a literatura de OT aborda as questões de gênero em uma reflexão sobre o desenvolvimento da profissão. É uma revisão temática baseada em uma pesquisa bibliográfica em bancos de dados - Web of Science, Lilacs, Scielo, PubMed e Google Scholar - usando os termos: "terapia ocupacional" e "mulher", "mulheres", "feminismo", "feminista", "feminino", "gênero". 30 artigos foram analisados e discutidos sob quatro tópicos: Conceito de gênero; Mulheres e feminismo na história da TO; Segregação de gênero na TO: estereótipos femininos e cultura feminina; Gênero e relações de poder: a luta pelo reconhecimento. Um pensamento crítico com abordagem feminista é crucial para o desenvolvimento de uma profissão cuja maioria dos profissionais são mulheres. Tecida junto às lutas das mulheres por direitos, por mulheres que trouxeram para o ambiente de trabalho valores considerados tradicionalmente femininos, a TO cuida das pessoas, do mundo e da vida. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alonso-Ferreira, M., Farias, L. & Rivas-Quarneti, N. (2022). Addressing the gender construct in occupation-based research: A scoping review. Journal of Occupational Science, 29(2), 195-224. https://doi.org/10.1080/14427591.2021.1955943

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.

Benetton, M. J. (2008). Terapia ocupacional: Uma profissão dos anos dourados. Revista do Centro de Estudos em Terapia Ocupacional, 11(1), 3-17.

Benetton, M. J. & Varela, R. C. B. (2001). Eleanor Clarke Slagle. Revista do Centro de Estudos em Terapia Ocupacional, 6(1), 32-35.

Ferrufino, A.H., Miranda, V.L., Morrison, R., Yates, G.M. & Silva, C.R. (2019). Transacionalismo, interseccionalidade feminista e método narrativo: aportes para a pesquisa em Terapia Ocupacional e Ciência Ocupacional. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional, 3(1), 150-161. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto17010

Figueiredo, M. O., Lourenço, G. F., Zambulin, M. C., Joaquim, R. H. V. T., Emmel, M. L. G., Barba, P. D. & Fornereto, A. P. N. (2018). Terapia ocupacional: uma profissão relacionada ao feminino. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 25(1), 115-126. https://doi.org/10.1590/S0104-59702018000100007

Foucault, M. (1997). Il faut defendre la soieté. Editions du Seuil.

Foucault, M. (2000). O que são as luzes. In: Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Ditos e Escritos II (pp. 335-351). Forense Universitária.

Frank, G. (1992). Opening feminist histories of occupational therapy. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 989-999. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.989

Frank, G. & Zemke, R. (2009). Occupational therapy foundations for political engagement and social transformation. In N. Pollard, D. Sakelarious, & F. Kronenberg (Eds.), A political Practice of Occupational Therapy (pp. 111-135). Churchill Linvingstone.

Froehlich, J. (1992). Proud and visible as occupational therapists. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 1042-1044. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.1042

Gilligan, M. B. (1976). Developmental stages of occupational therapy and the feminist movement. American Journal of Occupational Therapy, 30(9), 560-567.

Gómez, L., Palma, D. & Rodríguez, L. (2016). Mujer ciudadana, universitaria y terapeuta ocupacional. Contrastes contextuales de los años sesentas y setentas desde la Universidad del Valle y la Universidad Nacional de Colombia. Revista Ocupación Humana, 16(2), 81-92. https://doi.org/10.25214/25907816.139

Grandón, D. (2023). El cuidado como cuestión de tiempo: una perspectiva feminista sobre el tiempo cotidiano de cuidadoras de personas adultas con discapacidad. Revista Ocupación Humana, 23(1), 8-23. https://doi.org/10.25214/25907816.1494

Grant, M. J. & Booth, A. (2009). A typology of reviews: An analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, 26(2), 91–108. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1471-1842.2009.00848.x/full

Hamlin, R. (1992). Embracing our past, informing our future: A feminist re-vision of health care. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 1028-1035. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.1028

Hamlin, R. B, Loukas, K. M., Froehlich, J. & MacRae, N. (1992) Feminism: an inclusive perspective. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 967-970. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.967

Liedberg, G. M., Björk, M. & Hensing, G. (2010). Occupational therapists’ perceptions of gender: A focus group study. Australian Occupational Therapy Journal 57(5), 331-338. https://doi.org/10.1111/j.1440-1630.2010.00856.x

Lima, E. M. F. A. (2021). Terapia ocupacional: uma profissão feminina ou feminista? Saúde em Debate 45(Especial 1), 154-167. https://doi.org/10.1590/0103-11042021E112

Litterst, T. (1992). Occupational therapy: The role of ideology in the development of a profession for women. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 20-25. https://doi.org/10.5014/ajot.46.1.20

Lopata, H. Z., & Thorne, B. (1978). On the Term “Sex Roles.” Signs, 3(3), 718–721. http://www.jstor.org/stable/3173192

Loukas, K. M. (1992). Motherhood, occupational therapy, and feminism: Weaving or unraveling the fibers of our lives? The American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 1039-1041. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.1039

Melo, D. O. C. V. (2015). Em busca de um ethos: narrativas da fundação da terapia ocupacional na cidade de São Paulo (1956-1969) [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Paulo].

Miller, R. (1992). Interwoven threads: Occupational therapy, feminism, and holistic health. American Journal of Occupational Therapy, 46(11), 1013-1019. https://doi.org/10.5014/ajot.46.11.1013.

Moraes, R. (2003). Uma tempestade de luz: A compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, 9(2), 191-211. https://doi.org/10.1590/S1516-73132003000200004

Monzeli, G. A., Morrison, R. & Lopes, R. E. (2019). Histories of occupational therapy in Latin America: The first decade of creation of the education programs. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 235-250. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1631

Morrison, R. (2011). (Re)conociendo a las fundadoras y "madres" de la terapia ocupacional: una aproximación desde los estudios feministas sobre la ciencia. TOG (A Coruña), 8(14), 1-21.

Morrison, R. (2015). Los comienzos de la terapia ocupacional en Estados Unidos: una perspectiva feminista desde los estudios de ciencia, tecnología y género (siglos XIX y XX). Historia Crítica, 62(1), 97-117. https://doi.org/10.7440/histcrit62.2016.05

Morrison, R. (2016). Pragmatist epistemology and Jane Addams: fundamental concepts for the social paradigm of occupational therapy. Occupational Therapy International, 23(4), 295-304. https://doi.org/10.1002/oti.1430

Morrison, R. (2021). La terapia ocupacional. Una interpretación desde Eleanor Clarke Slagle. Fides Et Ratio [online], 21(21), 103-126.

Morrison, R. & Araya, L (2018). Feminismo(s) y terapia ocupacional. Preguntas y reflexiones. Revista Argentina de Terapia Ocupacional, 4(2), 60-72. https://www.terapia-ocupacional.org.ar/revista/RATO/2018dic-conf.pdf

Pollard, N. & Walsh, S. (2000). Occupational therapy, gender and mental health: An inclusive perspective? British Journal of Occupational Therapy, 63(9), 425-431. https://doi.org/10.1177/030802260006300904

Reese, C. C. (1987). Gender bias in an occupational therapy text. American Journal of Occupational Therapy, 41(6), 393-396. https://doi.org/10.5014/ajot.41.6.393

Rivera, M. I. M., Valdebenito, N. C. A., Salazar, R. L. C. G. & Molina, F. C. M. (2017). Terapeutas ocupacionales: influencia del género en su desempeño laboral. Revista Chilena de Terapia Ocupacional, 1(01), 155-163.

Sarmiento, B. M., Morrison, R., Cáceres, D. P. & Reyes, B. R. (2018). Percepción de la construcción de género en estudiantes de terapia ocupacional: una aproximación al género en la vida cotidiana. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 26(1), 163-175. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO112

Testa, D. (2012). Aportes para el debate sobre los inicios de la profesionalización de la terapia ocupacional en Argentina. Revista Chilena De Terapia Ocupacional, 12(1), 72–87. https://doi.org/10.5354/0719-5346.2012.22054

Testa, D. E. & Spampinato, S. B. (2010). Género, salud mental y terapia ocupacional: algunas reflexiones sobre la influencia de la historia de las mujeres y la perspectiva de género en nuestras prácticas. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 21(2), 174-181. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v21i2p174-181

Vogel, B., Benetton, M. J. & Goubert, J. P. (2002). Terapia ocupacional: A história de uma profissão feminina. Revista do Centro de Estudos em Terapia Ocupacional, 7(1), 38-43.

Wilcock, A.A. (1998). An occupational perspective of health. Slack Inc.

Yerxa, E. J. (1975). On being a member of a feminine profession. American Journal of Occupational Therapy, 29(10), 597-598.

Publicado

2023-07-21

Como Citar

Freire de Araújo Lima, E. M., & Lima de Paula , I. (2023). Mulheres, feminismo e Terapia Ocupacional: : uma análise crítica da literatura sobre questões de gênero que impactam a profissão. Revista Ocupación Humana, 23(2). https://doi.org/10.25214/25907816.1583

Edição

Seção

Revisión

Métricas

Métricas do artigo
Vistas abstratas
Visualizações da cozinha
Visualizações de PDF
Visualizações em HTML
Outras visualizações
Crossref Cited-by logo

Dados de financiamento

QR Code

Alguns itens similares: